segunda-feira, 25 de outubro de 2010


2ª edição do Fúria Metal terá banda de Minas Gerais

Após a boa aceitação do I Fúria Metal, evento pioneiro ocorrido em setembro aqui em Ipiaú, uma nova edição do festival já está a caminho e deverá acontecer no dia 4 de dezembro. Uma das atrações desta 2ª edição será a presença da banda mineira de Thrash Metal Facínora (foto), que estará divulgando na Bahia o seu primeiro álbum intitulado “Hell Is Here”. Os mineiros também farão shows em Valente e Salvador. Brevemente teremos mais detalhes.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SHOWS








parece nostalgia...

más é so tristeza...


Aconteceu no último dia 11 de outubro, segunda-feira, o Tributo a Legião Urbana. Como já foi citado neste blog, a festa existe há 11 anos e foi criada por um grupo de jovens da cidade, fãs da banda e do cantor Renato Russo, que resolveram promover, na data de seu falecimento, uma festa regada a composições do Legião Urbana, como forma de homenagear o ídolo. A edição deste ano, realizada no Efó Drinks, foi produzida pelo artista ipiauense Tito da Cruz e contou com o apoio de diversos músicos e empresas da cidade.

Desde que cheguei à cidade de Ipiaú, ano 2000, com 14 anos de idade, sempre ouvi falar nesse Tributo. Tenho o maior orgulho em dizer que presenciei várias edições da festa e admiro muito o trabalho que foi feito durante todos estes anos. Festas tranqüilas, banda formada em sua maioria por músicos competentes e músicas bem executadas. Eu, que tive a adolescência nos anos 2000, sempre invejei os jovens que tiveram acesso aos shows verdadeiros do Legião Urbana, nos anos 80 e 90. Mas no Tributo a Legião de Ipiaú eu podia me sentir mais próxima da magia dessa geração e, por isso, sempre fiz questão de estar presente.

Entre trancos e barrancos, a festa já não é mais a mesma. Lógico, 11 anos se passaram e a geração mudou. Mas sempre fico impressionada como ainda existe um público fiel. A festa ocorrida no último dia 11 foi um exemplo disso. Apesar da execução visivelmente improvisada das músicas, o público manteve a animação, ajudou cantando as letras e tudo foi ocorrendo muito bem, até que uma briga no recinto levou a festa ao seu fim. Sei que brigas em shows acontecem todos os dias, em todos os lugares do mundo. Não estou aqui pra julgar isso. Mas pra mim, a cena que presenciei ilustrou um dos piores problemas que a cidade enfrenta atualmente. VIOLÊNCIA, meu povo! Brigas em bares são coisas corriqueiras, eu sei. Mas esse episódio me fez perceber que Ipiaú já não é mais a mesma cidade tranqüila em que vivi na adolescência. Apesar do aumento da população, a cidade está cada vez mais vazia. Não vejo mais jovens na Praça Ruy Barbosa, tocando violão e bebendo vinho barato, como eu fazia há alguns anos atrás. Não podemos mais sair de nossas casas e contar com um lugar seguro para nos distrair. A população anda amedrontada, insegura, à flor da pele. Devemos ter medo dos marginais, dos policiais, do cachorro que atravessa a rua e até mesmo do filho do vizinho que você viu crescer.

Estive fora por 4 anos, e as notícias que chegavam a mim era de que Ipiaú estava em desenvolvimento. Para mim não faz sentido a população perder sua paz e liberdade em nome de um desenvolvimento fantasma. Desenvolvimento? Cadê? “Será só imaginação?”. Eu, sinceramente, lamento muito pelos jovens que vivem em Ipiaú hoje. Lamento que eles não possam desfrutar de cada canto da cidade como eu desfrutei. Lamento pelas famílias que agora, mais do que nunca, preferem optar por passar seus domingos em casa, em nome da própria segurança. E torço, de verdade, para que um dia isso mude, pois como diria Renato Russo: “tudo passa, tudo passará....e nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz, teremos coisas bonitas pra contar...”. Espero que ele esteja certo.


Texto: Laísa Eça